terça-feira, 30 de abril de 2013


Os seus olhos não brilharam quando disse que aquela seria ultima vez que meus sábios se despediam dos dele. Até me senti feliz, por ser o ponto para onde aquele olhar se dirigia o único ponto, por um único instantes.
Ele lançou um daqueles seus olhares fulminantes e as palavras se evaporaram na minha boca, só o cheiro acre de decepção transpirava pelas paredes e reinava o ócio, punhos de aço se fecharam apertando a minha garganta ao simples som da palavra dele, da intolerância latente em seus tons. Baixei o vidro da janela, fiquei esperando que aquelas mãos afrouxassem a pressão que fazia envolta do meu pescoço e envolvia meu folego, não se pode ter vida sem ar.