quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cata-vento

Nosso cata-vento que cata sorrisos.

Homens e mulheres que contrastam suas verdades, mal sabem que nesse deserto tudo é caos, solidão vazia a pena do enlouquecimento...

Eu sei, sinto que é aqui meu lugar, cada ventos que sopra ao nosso favor nos traz alivio, traz também nossa realidade, constante e incerta, distinta dessas tantas outras que se encontram e depois não se cumprimentam, mais carnal, mais NADA.

Forjamos um matrimonio, e casamos com nossos sorrisos... Que seja em verdade e amor. Que nunca acabe a admiração.

Que reine em nossas almas cores intensas, e em nossas mãos a única aliança, será a sensibilidade de enxergar nossas áureas.

Os homens e seus erros, os amores e seus anseios... Tudo vibra de forma descompassada, e se existe amor, esse talvez encontre e encante os olhos dos fortes, que nele mergulha em ondas de prazeres verdadeiros e infinitos. Tudo no plural.

Mas só enquanto existir.

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Ser feliz em silêncio.

Quando estou no silêncio da minha mente, posso acessar um estado que é calma, consciência e maturidade.
Quando esse silêncio se transforma em oxigênio, posso respirar sentimentos bons de paz e aconchego.
Posso desfrutar de um contentamento que mais parece sair do velho tédio e ser... Ser essência, amor e respeito.
No meu silencio nada é corrompido, é tudo suficiente, o calor do meu corpo, o aroma de meus cabelos e o pensamento em você.
Sinto a necessidade sadia de glorificar meu sorriso, valorizar meus sentimentos, cuidar do meu coração.
Nesse lugar de tranqüilidade não há espaço para pensamentos ruins, tudo é luz é satisfação, tudo é meu, a melodia leve da música e o aroma doce do incenso, compõem essa harmonia.
Tudo em mim, meu, mas sem posse, apenas organizado, apenas bons sentimentos produzidos.
Nessa calma, sou feliz, aquela felicidade que não transgride, existe, e não é transportada para outro lugar é todinha aqui, em mim, no meu quarto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quebrou o silêncio que custo dolorosas noites para ser erguido, trouxe consigo um contentamento feito temporal, impossível prever tal força.

Aquela voz no fundo dos sonhos, agora estava diante dos olhos e ouvidos. Voz bonito, era canto e poesia.

Será abrigo ou tocaia? Será que tem nome?

Talvez seja um cavaleiro do espaço, cuja sua historia havia sido bordada, pelas fantasias de uma jovem sonhadora, depois de tantos manifestos ela iria se decepcionar.

Desmanchou o sorriso e trouxe solidão, bendita seja a solidão.

- Cavaleiro que luta contra o dragão, não podes lutar contra o amor de uma mulher.

Era bonito, mas não sabia, por isso se escondia, e só aparecia de relance, nunca fixava o olhar.

Amava, mas não sabia, amor de relance.

- Cavaleiro, não podes partir sem antes mostrar-me seu mundo, que seja eterno, realidade e fantasia...

- Se queres viver pra sentir, então abra os poros e tire do rosto esse olhar cansado , sem medo, podes me dar a mão?

- Faremos um filho e daremos a ele o nome de um Deus celeste, do seu mundo...

Vem rodar no meu terreiro, violento, desaparece, majestosamente, levando dos meus olhos um brilho transparente, deixando neles uma esperança por outro batuque que vibra do coração. Vida!

Amor dos sonhos, encantou aquela jovem vinda do interior, que tinha seus pés descalços e os olhos de lua, com seus mistérios desabrochou suspiros, gestos de fada e saudade no coração.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Forças vans

É estranho falar de amor quando não se sabe no que ele foi transformado, isso acontece inusitadamente, podendo partir do sentimento de inércia, espera, ausência de força, costume, medo da mudança, mas não afirmo esses sentimentos, o que houve aqui não tem nada a ver com isso, foram tentativas vans de alcançar uma paz incomum, saborear a liberdade de se entregar, sem medo do que está guardado na surpresa do amanhã, tentativas de remediar aquele tempo que eu não enxergava, não sentia, mas hoje sinto, sinto tanto, tudo, sem ter.
Esperança é um sentimento bom, trás uma tipo de certeza, faz a gente subir bem alto, até o céu, trás ápice de nostalgia, ainda mais quando se conhece BEM o aroma daquela pele do hálito do frescor de loção pós barba logo pela manhã, quando os olhos sentem sorte em se encontrar.
Mas esperança só por esperar, trás abismo, espero sentindo o calor do meu corpo uma sensação estranha de fraqueza, a espera MATA aos poucos, só que quando se espera amor, isso acontece com mais sentido, entregue ao ponto de estar sempre só, esperando um sim.
É estranho pensar no que deve acontecer quando esse amor não chega, é uma pena jogar tudo fora, já que o amor já existe, o tempo passa sem você, e toda resistência não faz sentido, qual seria a segunda opção? a terceira, quarta a décima?
É ainda mais estranho quando o amor cansa, e para de respirar, tudo que parece existir, é nada! Deus, por onde devo seguir?
Ser feliz é ser com ele, e se ele quiser ser feliz longe de mim, onde eu serei?