terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu que acreditei no pouco que sobrou, quis ganhar o que você pudesse me dar, sem precisar disfarçar, quis nos libertar de cada imagem errada, de tudo que signifique que para sermos um, temos que ser iguais.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Dos medos

Resistência, a profunda resistência que beira o ódio.

Súbitas lembranças que desconcertam a melodia do coração.

Necessidade em toques de abandono.

Planos ensurdecedores que não foram colhidos, esquecidos.

O nome que assina as noites mal dormidas.

Tragos e fumaças escondem a face.

Falta a reciprocidade gentil.

A música esquecida, olhos caídos.

Desejo de mudanças, guerra sangrenta.

Coração em espasmos.

Medo, no final é sempre tão medíocre a desistência.



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

O homem mais livre

Vi aquele rosto claro no momento em que tomei consciência de onde meu corpo estava, foi o primeiro lindo rosto que vi, e chegou até mim trazendo um par de olhos perdidos, foi de perto que pude notar que toda beleza e autoconfiança só era vista de longe.

Precisei colocar meus pés numa cerimônia religiosa para perceber que amor quando é de verdade, não tem medo de dividir os medos ou até mesmo as contas no final do mês, que apesar do tamanho da dificuldade as mãos não se separam.

Flores brancas, vestido branco, tapete vermelho, sinos e um singelo beijo na mão enquanto rolavam algumas lagrimas de ansiedade, as declarações nos gestos leves, para que todos entendesse que ali, existia mesmo amor. Eu entendi.

Debrucei-me em pensamentos distantes dali, e vi sua intolerância latente ao som que sai da minha boca, suas passadas apresadas, seus horários apresados, as vezes até o boa noite era silêncio,

Ainda que eu soubesse que ele iria embora, e amasse desenfreadamente aqueles olhos, eu não iria ter um filho teu. Eternizar aquela presença seria prender-te pra sempre, e seu espírito era livre demais. Corria por entre as aventuras de novos negócios, se perdia em madrugadas quentes, frias e incontáveis fantasias .

Qualquer jornal teria sua atenção, qualquer programa de TV roubava seus olhos numa sintonia certa, as vezes acordava no meio da noite com sua risada distante, e ai te alertar que já hora de dormir, ela realmente viajava nas apresentações ou qualquer situação que faça viver outro mundo outro momento.

Sabe de uma coisa? Eu queria que você me desse um adjetivo novo. Pra eu vestir meu corpo velho e antiquado e não parecer tão sozinha. Eu queria um presente teu pra poder acariciar enquanto você não chegasse. Eu queria que você ignorasse meu jeito aprendiz e me encarasse de frente, sem o medo tremendo que eu te segurasse e amarasse no pé da minha cama.

Mas porque você nunca me olhou direito? Deve ter sido culpa do meu olhar duvidoso e cheio de perguntas, ou da minha boca metralhadora de palavras que você nunca entendeu, deve ter sido culpa da minha falta de paciência e da sua perfeição em não colocar a mão na cabeça, não abaixar os olhos, não morder os lábios ou qualquer coisa que me desse sinal de que você sentia algo em relação ao que eu dizia. Sua resposta era sempre sua nuca linda indo embora, suas costas me deixando para trás, você nunca olhou para trás para saber se fiquei inteira

.
Daí que percebi que aquela mulher de olhos confusos que vi na igreja, era eu, já que nunca sonhei em me casar, e vi em mim que meus entendimentos ia além das portas de igreja, anéis de compromisso e dos sonhos de família, porque era presente, existia enquanto pulsava estrondoso na hora, não tinha pretensões. Não tinha escolha.

É por isso que hoje eu entendo que essa coisa – o amor, vai além das declarações e das flores em datas especiais. É compaixão e sinceridade. É querer sem possuir, e aceitar (com franqueza) quando alguém não está pronto.




sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Caderno meu

Estas são as palavras que me vieram para a primeira página daquele caderno:

"Não encontro mais seu cheiro, não imagino, não mais seus beijos. Tudo hoje resta encoberto, poluição. Será a aflição um alento para o reencontro? Será o bater do coração o prenúncio desconhecido de algum lugar, uma fonte limpa a ser por nós comumente descoberta. A imaginação alimenta o desejo, mas o corpo tem sede de poder.

Dedico essas palavras a quem se aventura no erro, a quem tateia no reconhecimento, num passo a descobrir a crença no amor. Alquimia, esta é a transmutação das almas, num feixe de luz em quantas direções voce quiser, meu sono, meu sagrado, doce resistencia de um sabor."

O fato de não mais imaginarmos nós juntos, mesmo com o relevo do sentimento, me traz uma leve esperança de verdadeiro reinício....e eu queria que vc considerasse o quanto isso deve ser puro...uma nova chance para não errar, não carregar, não pesar as coisas, independentemente de qual agora....esteja atenta a isso, por favor.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ebulição

Estamos a mercê de novos sonhos, sempre, graças a nostalgia que existe em cada descoberta.
Todos os dias, sou pura metamorfose
.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Já havia algum tempo que não pronunciava a palavra PAI, até certa tarde cinza que ouvi sua voz no celular, não recordei de imediato, até sua tão simples identificação: Sou eu, seu pai.

Faltou rapidez, não soube o que dizer, nem precisei responder, pois seu recado foi breve, ele veio aqui, talvez pela primeira vez, como inesperada foi minha lagrima delicada, também foi a agilidade de passar a mão na chave e ir ao seu encontro, sim, já havia ensaiado muitas vezes esse encontro, e quando pus meus olhos naquele ser que me concedeu vida, tudo continuou cinza como antes, as palavras destoavam e até as mãos ficaram tremulas.

As lembranças daquele homem sorridente e carinhoso, agora tornou-se um certo tipo de lamento, quando notei que seus cabelos já haviam embranquecido, sua pele já não era mais a mesma, seu sorriso eu nem pude notar, ele parecia ter desaparecido com o passar de todos esses anos assim como seu rosto em mente, ele não me pôs no colo e nem inventou uma daquelas historias que eu sempre queria ouvir um pouco mais, o abraço foi rápido e desajeitado, não sabia mais como tocar aquele homem, homem livre, me perguntava o que ele fazia no desenrolar das horas, como eram seus dias, o que ele gostava de comer, se existe uma música preferida, se amava, se nessas horas em que a gente não pensa em nada ele pensava em mim.

Respirei fundo quase o tempo todo para não deixar que notasse o tamanho da minha emoção, até que tive coragem de reparar melhor nele ele, usava uma camisa de botão vermelha, os olhos verdes que não herdei, umas medidas que até então eram desconhecidas, pelo visto anda tomando muito sol, deduzi que não se lembra mais de mim com freqüência, e também desconhecia a mulher que me tornei, não soube entender direito sobre meu trabalho, acho que também não se orgulhou, ele sempre quis ter uma filha veterinária e que tocasse piano, acabei me tornando agrimensora e nunca aprendi tocar piano, desenvolvi um sotaque que não parece nem longe com dele, notei que ouvia com surpresa meus pensamentos, talvez tenha admirado minha inteligência.

Abriu a carteira e tirou algumas notas de dinheiro, fiquei observando, e tentei dizer que por um abraço eu me venderia por inteira, mas não tive coragem de pedir, nem ele me teve coragem de adivinhar, mesmo com tantas evidencias. Ao sair me abençoou, desejei sorte em sua viagem, e no por do sol em seu carro vermelho deixou a cidade, sai berrando todos os palavrões, me segurei para não acelerar atrás dele, e dizer tudo que queria que soubesse sobre mim, sobre como formei meus valores, caráter, dignidade e como sinto sua falta, falta da proteção, do afago, do boa noite, mas não fiz.

Liguei o som bem alto para não querer pensar, e descobri que tenho formas singulares de dizer eu te amo, tenho convicção que disse, saudade também disse, da minha forma é claro, acabei dizendo que aprendi com ele a pratica de sentimentos que me ajudaram a chegar onde estou, desapego é uma delas, reconheci que sua visita não vez bem, mas, saberei muito bem que meu filho não vai gozar dos sentimentos que tenho aqui, que afeto não se mendiga de pai, nem de ninguém, e que sincera será a formação de sua integridade, sem pesos difíceis de serem carregados, isso não me vez ver o mundo com mais aspereza, mas certamente me fez entender que cada pessoa tem sua forma de amar, e mesmo que não dedique seus esforços a minhas expectativas, o amor existe, e isso tem que ser visto ainda que desentendido.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Menina

Noite fria de lua cheia, e então me sinto uma daquelas velhas menina nova, amando pela primeira vez e fazendo coraçãozinho em volta dos nossos nomes, um amor teimoso, de menina.

E eu, então sinto uma saudade, uma saudade muito grande daquele tempo onde tudo era sorriso, pelo menos na minha alma, tudo era um bem-querer leve, devagar, tudo parecia tão certo e bom, que agora consigo te embalar dentro de mim só na solidão dessa velha lembrança.

Ah... que vontade de escrever bobagens, bobagens bem melosas, para que alguém que leia pense que sou mesmo uma menina cumprida aprendendo o que é o amor, mas não é assim que vejo minha imagem no espelho, olho-me e vejo que estou velha, com essa úlcera parece que vou morrer, trancada num corpo jovem.

Talvez eu seja mesmo uma menina... Mas que já se foi no vazio da maturidade e hoje só consiga enxergar imensidão vazia, queria mesmo me jogar como eles se jogaram antes, sem medo de cair e me ralar todinha, acho que maturidade nos impede da aventura.

Crescer as vezes é retroceder, um passo inevitável, crescer nos faz egoístas, por que de tanta dor só resta o bloqueio, a insanidade de não ganhar com medo de perder.
Nessa madrugada me sinto fria, tocada pelo silêncio e som do mastigar, a intolerância latente ao som que sai da sua boca.

Tolice! Tudo isso é ansiedade, vontade que tocar o céu, abraçar as estrelas, mas ansiedade não é coisa de adolescente? Não, isso é coisa de gente rara, que mistura uma alma nova que nasce todos os dias com os olhos de suspiro, intensidade.

Lembrei-me daquela música que sorrindo, falamos pro mundo que era nossa canção ”Dona da minha cabeça ela vem como um carnaval, toda paixão recomeça, ela é bonita demais” hoje essas letras se tornam parte de uma carta de amor, que se espera uma resposta, mas ela nunca veio, palavras bobas, belas, minhas...
Ah..que saudade.

Por que ao invés de frio, faz muito calor hoje.




Passei o dia imaginando que poderia ser afeito climático, mas só agora, deitada no meu silêncio, que soube como as coisas ficam pequenas demais se perto do vazio dos dias, e foi assim que debrucei-me em pérvias lembranças flutuantes, desorganizas, mutiladas, tolas, peguei a ficar assim; com um descontentamento, tristezas sem fonte, confissionalimos baratos, incompreensões que se diziam convictos e indiscutíveis palpites.

Essas aptidões a sentimentos de anseio tem sintomas de infinitude, mas passam.
O bom passa mais...

É a vontade de já ter sabido mais sobre a Espanha, e é mais um medo que qualquer outra coisa, me faltam a gentileza dos acasos.

Valer-ser do andamento dos dias para dar atenção ao branquejar do verde dos olhos, a miudeza dos lábios e a queda das olheras.
Mas as vezes é só uma tristeza.

E foi quando me pôs em teu colo para dizer que docemente esperava que eu desabrochasse (já faz algum tempo, suas palavras não destoavam) soube como as coisas ficam pequenas demais se perto do vazio dos dias, que acho que me dei conta de que o que tenho sentido nos últimos dias, não é bobagem.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

O amor

"Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”
E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,
e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança."

terça-feira, 7 de junho de 2011

Tentativas sem sentido

As vezes, tudo parece perder o sentido real e é quando a gente desaba, em sentimentos de inércia, desconsolo e pensamentos pouco otimistas, que imortalizam nosso desejo de continuar de enxergar que um dia as coisas poderão ser claras ou pelo menos, mais leves. Por que só existe a desistência pelo cansaço do tentar.

As vezes o silêncio é tanto que desequilibra o celebro , que fica difícil sair do esgotamento. E tudo parece mais vazio do que quando você chegou, não acho que distancia seja ruim. É cruel. E aquele sentimento que não tem nome (mas machuca), está cada vez mais intimo dos meus sintomas de amor dolorido, fecho os olhos para não lembra, abafo a boca na tentativa de empurrar o soluço de volta, mesmo escapando pelos dedos, e não consigo entender por que algumas coisas machucam tanto, mesmo depois de não existirem mais...
Quero- Por Deus- ser forte.

Como eu queria...

...Há se eu pudesse entender o que dizem teu olhos... Se pudessemos ser apenas um, pra acabar com esse estado de você viver sem mim... Mas você é tão você.

sábado, 4 de junho de 2011

Nossos sonhos

Venha se esconder comigo...

Segura minha mão que vamos bater asas para um lugar azul de janelas grande, onde o sol tem seu lugar, abriremos as cortinas pra amor abraçar as flores, que parecem sugar nossos olhos pelo caminho... Vamos flutuar nos nossos sonhos infantis, e esperar que tudo seja hoje, sem presa, só beijos ansiosos, por do sol, para um novo dia de surpresa. Deixa que o bem te veja, e abençoe nosso amor, amor.

Longe daqueles que não entendem a sensação de querer sair rabiscando o céu com palavras de amor e besteirinhas bem delicadas, como nossas iniciais cravadas nos troncos das arvores.

Somos pássaros multicoloridos, dançando numa tarde sem relógio, sorrindo das bobagens do outro, com o espírito livre desancamos sob as arvores mais generosas do jardim do mundo.

Onde tudo é luz, só de raios nos alimentamos, não levamos malas, nem nada muito a serio, por que o sério fico jogado lá no chão do quarto, enquanto separávamos um punhado de delicias que juntamos até aqui.

Meu lar é aqui, lar com gosto de nostalgia, aroma de manhã bonita de sol incandescente, pertinho de você, que é o que completa meus dias e trás cor para as coisas mais pequenas.

Eu quero flutuar com você, todos os dias de manhã e levantar com uma sensação de que descobri o mundo inteirinho numa só noite...
Meu lar, meu amor, só com você, sempre, boas risadas!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Se ao escrever aqui, você pudesse sentir de verdade minha intimidade, eu escreveria "Felicidade" com letras mágicas.
...E também escreveria "Me desculpa" e "Eu gosto tanto de você"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Alma de gente

Queria eu ser dona da essência das pessoas, assim seria mais fácil conhecer instantaneamente os bons de coração.

Seria eu dona de suas virtudes, e conduziria o aproximo somente para dentro da minha alma.

Antes fosse antes, mas bendito seja o agora, que trás um sentimento perene por aquele que hoje se mostra real ao meio do que chamo de amizade.

Sem prever o universo se presta em colocar bem pertinho da gente aqueles que vibram em nossa sintonia.

Sem prever, previamente desejando e sem saber desejando, que cresça, floresça e firme suas raízes para um ver mais leve.

Amigos são irmãos, que como as flores, brotam nos sentimentos mais inesperados e desabrocha em nossas alegrias.
A gente, luta, luta, luta por essa tão liberdade.
Depois não se sabe o que fazer com ela.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quer café amor?

Hoje as palavras mofaram a voz da minha mente, esconderam-se nos arbustos, não ouço o som da inspiração que tantas vezes gritava inquieta, afim de sair bordando os papeis de rascunho ou aquele velho caderninho vermelho com minhas idéias meus conceitos, mas hoje não, hoje estou aqui pedindo implorando, que venham sem mistérios, sem luxo ao pronunciar e apenas ajude-me a dizer o qual especial e vivo é cheiro do café, café deveria ser seu sobrenome, ou pelo menos apelido, o tão banal café, aquele que ele passava muito tempo para escolher ao meio de tantos, marcas, safras, orgânico, com embalagem reciclada, na prateleira do super mercado, só para estufar o oxigênio da casa depois do almoço com a aquele aroma, e sentado de pernas abertas, degustava-o, sem açúcar. Sem duvidas é uma forte característica dele.

Não sei dizer o que levou minha atenção para esse gesto quase nostálgico dele, de gostar tanto de café, depois de tantas observações acho que é um tipo ritual: A cafeteira italiana (presente da mãe) o borbulhar que é um sinal de que o café está no ponto, aquela cheiro, invadindo as narinas num sentimento seguido de olhos fechados...Hum! A casa toda envolvida por aquele cheiro gostoso que até os vizinhos sentem, então ele senta na sua cadeira rústica ainda posta a mesa, pacientemente leva a xícara até boca, sente a temperatura, mas nunca se incomoda se muito quente, as vezes deixava uma gota sujar a camisa de ir trabalhar, mas não se incomoda, apenas café, apenas sem açúcar.
Quer café amor?

Muitas vezes em meras tentativas, ele quis me ensinar como se faz café, levando-me a beira do fogão, medindo a quantidade de cada ingrediente cuidadosamente, até engraçadinho ele explicando, lindo, pena que minha atenção nunca esteve lá, para falar verdade não gostava muito de café, também não gostava muito dele, até descobrir que os detalhes nunca são grandes fatos, detalhes são só detalhes, tudo depende da importância que atribuímos a eles, começando a observá-los de forma harmoniosa e curiosa, e então nada é mais majestoso e grande do que os detalhes, grandioso e complementar, como o sagrado café depois do almoço, e também como amor depois da descoberta. Todo depende do valor e reconhecimento.

Beijinho com gosto de café.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cata-vento

Nosso cata-vento que cata sorrisos.

Homens e mulheres que contrastam suas verdades, mal sabem que nesse deserto tudo é caos, solidão vazia a pena do enlouquecimento...

Eu sei, sinto que é aqui meu lugar, cada ventos que sopra ao nosso favor nos traz alivio, traz também nossa realidade, constante e incerta, distinta dessas tantas outras que se encontram e depois não se cumprimentam, mais carnal, mais NADA.

Forjamos um matrimonio, e casamos com nossos sorrisos... Que seja em verdade e amor. Que nunca acabe a admiração.

Que reine em nossas almas cores intensas, e em nossas mãos a única aliança, será a sensibilidade de enxergar nossas áureas.

Os homens e seus erros, os amores e seus anseios... Tudo vibra de forma descompassada, e se existe amor, esse talvez encontre e encante os olhos dos fortes, que nele mergulha em ondas de prazeres verdadeiros e infinitos. Tudo no plural.

Mas só enquanto existir.

.

Ser feliz em silêncio.

Quando estou no silêncio da minha mente, posso acessar um estado que é calma, consciência e maturidade.
Quando esse silêncio se transforma em oxigênio, posso respirar sentimentos bons de paz e aconchego.
Posso desfrutar de um contentamento que mais parece sair do velho tédio e ser... Ser essência, amor e respeito.
No meu silencio nada é corrompido, é tudo suficiente, o calor do meu corpo, o aroma de meus cabelos e o pensamento em você.
Sinto a necessidade sadia de glorificar meu sorriso, valorizar meus sentimentos, cuidar do meu coração.
Nesse lugar de tranqüilidade não há espaço para pensamentos ruins, tudo é luz é satisfação, tudo é meu, a melodia leve da música e o aroma doce do incenso, compõem essa harmonia.
Tudo em mim, meu, mas sem posse, apenas organizado, apenas bons sentimentos produzidos.
Nessa calma, sou feliz, aquela felicidade que não transgride, existe, e não é transportada para outro lugar é todinha aqui, em mim, no meu quarto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quebrou o silêncio que custo dolorosas noites para ser erguido, trouxe consigo um contentamento feito temporal, impossível prever tal força.

Aquela voz no fundo dos sonhos, agora estava diante dos olhos e ouvidos. Voz bonito, era canto e poesia.

Será abrigo ou tocaia? Será que tem nome?

Talvez seja um cavaleiro do espaço, cuja sua historia havia sido bordada, pelas fantasias de uma jovem sonhadora, depois de tantos manifestos ela iria se decepcionar.

Desmanchou o sorriso e trouxe solidão, bendita seja a solidão.

- Cavaleiro que luta contra o dragão, não podes lutar contra o amor de uma mulher.

Era bonito, mas não sabia, por isso se escondia, e só aparecia de relance, nunca fixava o olhar.

Amava, mas não sabia, amor de relance.

- Cavaleiro, não podes partir sem antes mostrar-me seu mundo, que seja eterno, realidade e fantasia...

- Se queres viver pra sentir, então abra os poros e tire do rosto esse olhar cansado , sem medo, podes me dar a mão?

- Faremos um filho e daremos a ele o nome de um Deus celeste, do seu mundo...

Vem rodar no meu terreiro, violento, desaparece, majestosamente, levando dos meus olhos um brilho transparente, deixando neles uma esperança por outro batuque que vibra do coração. Vida!

Amor dos sonhos, encantou aquela jovem vinda do interior, que tinha seus pés descalços e os olhos de lua, com seus mistérios desabrochou suspiros, gestos de fada e saudade no coração.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Forças vans

É estranho falar de amor quando não se sabe no que ele foi transformado, isso acontece inusitadamente, podendo partir do sentimento de inércia, espera, ausência de força, costume, medo da mudança, mas não afirmo esses sentimentos, o que houve aqui não tem nada a ver com isso, foram tentativas vans de alcançar uma paz incomum, saborear a liberdade de se entregar, sem medo do que está guardado na surpresa do amanhã, tentativas de remediar aquele tempo que eu não enxergava, não sentia, mas hoje sinto, sinto tanto, tudo, sem ter.
Esperança é um sentimento bom, trás uma tipo de certeza, faz a gente subir bem alto, até o céu, trás ápice de nostalgia, ainda mais quando se conhece BEM o aroma daquela pele do hálito do frescor de loção pós barba logo pela manhã, quando os olhos sentem sorte em se encontrar.
Mas esperança só por esperar, trás abismo, espero sentindo o calor do meu corpo uma sensação estranha de fraqueza, a espera MATA aos poucos, só que quando se espera amor, isso acontece com mais sentido, entregue ao ponto de estar sempre só, esperando um sim.
É estranho pensar no que deve acontecer quando esse amor não chega, é uma pena jogar tudo fora, já que o amor já existe, o tempo passa sem você, e toda resistência não faz sentido, qual seria a segunda opção? a terceira, quarta a décima?
É ainda mais estranho quando o amor cansa, e para de respirar, tudo que parece existir, é nada! Deus, por onde devo seguir?
Ser feliz é ser com ele, e se ele quiser ser feliz longe de mim, onde eu serei?

segunda-feira, 14 de março de 2011

É de rir ou de chorar?!!

É de abaixar a cabeça tanto amor.
Pensei em passar uns dias fora, acabei não voltando, mas alguém voltou.
Ô amor, queria te mostrar como é violento você existir, e de versos e olhares se fez a admiração que é primeira reação calorosamente sentida, por que ela fala pelos olhos, sem dizer uma letra.
É de morrer de rir tantos desencontros, as lagrimas pulam pelos olhos só de imaginar esse hipotético deslumbre de realidade, ele se foi, eu acabei indo também, quando vi já estava perdida no caminho "eu estarei sempre com você" essas palavras são falsas, por que existem um milhão de pontos de vista, todos eles podem ser verdadeiros.
Colo de vovó faz bem, sorrir com amigos de infância faz a gente se sentir numa tarde grande, com carrinho de picolé, pipoca, parquinho e rock rol.
Mas é de morrer de chorar que eu vivi, sua ausência tremeu o chão fez barulho no celebro, caiu um cisco no meu olho...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Em paz

Lá fora o mundo é ensurdecedor.
Por isso, é exatamente nesse colo tranquilo e aconchegante que eu quero estar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ame mais

O amor está no ar!
Ame, ame, ame...
Amanhã ame mais...
Corra, coma, trabalhe e ame.
Ame, trabalhe, coma e corra.
Nos dias de chuva, tome chá e ame
A noite, tome vinho e depois ame.
Durma, mas durma pouco para amar mais, ame antes do mundo acordar.
Ame e durma.
Ame e diga , repita, cante, pronuncie, profetize, propague, proteja, acredite...
Acredite verdadeiramente que todo tanto ainda é pouco.
Não existe amor igual, por isso, ame depois de uma decepção, depois de chorar, depois daquele sorriso sadio ame mais, ame principalmente quando seu coração desejar, nunca tenha medo de se jogar, a liberdade adora amar!
Feche os olhos e sinta o amor, acredite amando!!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Simples

Felicidade: É quando encontramos num instante, a necessidade sadia de não sentir falta de mais nada...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O solidário não quer solidão.

Caio

Não é raro, tropeço e caio. Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho.

Claro que dói, mas tem uma coisa: a minha fé continua em pé.

Fogo e luz

Diria que é fogo.
Pulsantes, fantasmáticos movimentos alaranjados, avermelhados...
É vida mesmo! Sem medo! Que arde à vibração dos multicorpos.

Luzente olhar inocente. Pérfidas lembranças tolas.
Impossível descanso total. Frente e verso sempre em frente.
Espinhos de bronze na fronte da terceira alma.
Teste elevado à décima segunda potência celeste.

Oscilação que não se mede. Ritmo eternamente constante.
Onírica estação? Onde fica.
Lindas árvores ornamentam os velhos trilhos. Eis o sinal.

Tens o que queres.

Diria que é luz.

O veneno da culpa

Mais uma dose de veneno, para saciar meu corpo sedento.
Estou sendo regrada por sensações desconhecidas, e definitivamente não são bem vindas.
Sob a pele, o suor, de um desgaste dolorido de emoções jogadas ao leu. A dedicação de anos, amassada e estaticamente fitada, no cesto de lixo.
Os olhos assustados tentam buscar respostas que não existem, nunca existiram, olhos inocentes, de pureza acuada, tentando sobreviver no meio de um circulo feroz e salivante de julgamentos.
Experiências habitam aquele corpo jovem de 20 anos, nem todas bem sucedidas, sendo assim a maturidade tomou posse previamente do seu coração absurdamente perdido.
Nascendo e sobrevivendo todos os dias.
O espelho ela mesma criou...
O aprendizado ela extraio...
Dona de si... E a batalha não para, nem mesmo por um instante, tentando recuperar a inocência dos olhos, já cansados, mas vivos o suficiente para gritar a vontade de revolucionar a aridez estampada na cara da hipocrisia.
Viva!!!

Escolha alheia

A escolha de fechar os olhos para o obvio, gera mais desespero...Se o mundo acabasse agora, jamais teria sido vivido aquele delicado momento de suspiros longos e frio na barriga.
Como o tempo é um conceito humano, cada um pinta o seu.
Importante mesmo é ariscar-se na incerteza do novo, ou até mesmo na mudança do velho, saboreando o doce dessa mordida suculenta que é o brotar do recomeço.