segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O solidário não quer solidão.

Caio

Não é raro, tropeço e caio. Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho.

Claro que dói, mas tem uma coisa: a minha fé continua em pé.

Fogo e luz

Diria que é fogo.
Pulsantes, fantasmáticos movimentos alaranjados, avermelhados...
É vida mesmo! Sem medo! Que arde à vibração dos multicorpos.

Luzente olhar inocente. Pérfidas lembranças tolas.
Impossível descanso total. Frente e verso sempre em frente.
Espinhos de bronze na fronte da terceira alma.
Teste elevado à décima segunda potência celeste.

Oscilação que não se mede. Ritmo eternamente constante.
Onírica estação? Onde fica.
Lindas árvores ornamentam os velhos trilhos. Eis o sinal.

Tens o que queres.

Diria que é luz.

O veneno da culpa

Mais uma dose de veneno, para saciar meu corpo sedento.
Estou sendo regrada por sensações desconhecidas, e definitivamente não são bem vindas.
Sob a pele, o suor, de um desgaste dolorido de emoções jogadas ao leu. A dedicação de anos, amassada e estaticamente fitada, no cesto de lixo.
Os olhos assustados tentam buscar respostas que não existem, nunca existiram, olhos inocentes, de pureza acuada, tentando sobreviver no meio de um circulo feroz e salivante de julgamentos.
Experiências habitam aquele corpo jovem de 20 anos, nem todas bem sucedidas, sendo assim a maturidade tomou posse previamente do seu coração absurdamente perdido.
Nascendo e sobrevivendo todos os dias.
O espelho ela mesma criou...
O aprendizado ela extraio...
Dona de si... E a batalha não para, nem mesmo por um instante, tentando recuperar a inocência dos olhos, já cansados, mas vivos o suficiente para gritar a vontade de revolucionar a aridez estampada na cara da hipocrisia.
Viva!!!

Escolha alheia

A escolha de fechar os olhos para o obvio, gera mais desespero...Se o mundo acabasse agora, jamais teria sido vivido aquele delicado momento de suspiros longos e frio na barriga.
Como o tempo é um conceito humano, cada um pinta o seu.
Importante mesmo é ariscar-se na incerteza do novo, ou até mesmo na mudança do velho, saboreando o doce dessa mordida suculenta que é o brotar do recomeço.